sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

E quando o sapo mugir?

por Luci Lahr

O boi muge, a abelha zumbe e o sapo coaxa. Sons da natureza e cantos de animais que nos remetem a situações de paz e tranquilidade.

Aberrações da natureza à parte, e longe de discussões infinitas sobre o Darwinismo, o que fazer quando um sapo mugir?

Essa é uma analogia que estabeleço aqui para evidenciarmos contextos em que estamos acostumados com o padrão, mas que de repente, tudo o que pensávamos que fosse o convencional e esperado, deixa de existir ou acontece às avessas.

Desde muito pequenos somos educados e induzidos aos padrões, e assim crescemos e nos desenvolvemos em uma expectativa de situações sob controle: família, amigos, escola e toda uma sociedade nos impulsionam para um padrão de comportamento. Entretanto, os sons da natureza, queiramos ou não, eles se mesclarão.

No âmbito das empresas, a situação não é menos complexa, uma vez que muitos dos padrões de procedimentos são estabelecidos na perspectiva do mundo perfeito. São normas descritas para que funcionem diante do SIM. Mas, e a contingência?

Vivenciei inúmeras situações constrangedoras em meu cotidiano que deixaram evidente a falta de preparo das empresas e de seus colaboradores para enfrentarem momentos que fogem do padrão. E a solução em muitos dos casos seria  muito simples: bastaria uma atitude de ouvir e entender a necessidade do cliente.

O preparo de uma equipe para a contingência pode ser iniciado com uma pergunta de baixa complexidade: O que pode sair de errado? A partir disso será bem mais fácil tomar uma atitude certeira quando um sapo resolver mugir.

Deixando o mundo empresarial de lado, e diante das mazelas da vida, eis uma outra pergunta:

E você, está preparado para ver e ouvir um sapo mugir?